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Mensagem por Yukio Fukushima Sáb Out 24, 2015 3:08 pm

Yukio Fukushima
azevinho, 22, escama de sereiano

História

Eu não tinha o poder de estabelecer uma questão. Estava fadada a cumprir o que me era destinado por qualquer integrante da minha família, apesar de saber distinguir o certo do errado com precisão. De início, ainda me importava com o que os outros sentiam, apesar de isso ter ido embora de dentro de mim aos poucos, lenta e dolorosamente. A cada instante de preocupação que eu nutria por outro alguém, toda a dor e angústia era atribuída às minhas costas.

O metal pungia, ardia e queimava minha pele. Alguns ferimentos alcançavam os ossos com a profundidade. Eu me isentei de comer porque já não havia mais apetite, embora fosse obrigada a engolir arroz para continuar vivendo. Meu irmão mais velho não aprovava o que acontecia comigo todos os dias, não obstante, sequer demonstrava seu modo de pensar com qualquer gesto. Ele suportou o mesmo e, depois de se tornar uma marionete volátil e manipulada, deixou de degustar o gosto de ferro entre os lábios.

Eu precisava de disciplina. Kiritsu. As palavras de papai enquanto estalava a chibata no dorso do meu corpo frágil ecoavam por meus ouvidos numa sinfonia inteiramente desagradável. A repetição das sílabas me provocava náuseas e a vontade de morrer batia forte em meu peito.

Seiji disse que conseguiria me ajudar se eu me arriscasse por ele. Eu invadi os aposentos de papai e furtei a tela de cima da cabeceira da cama. O retrato não possuía qualquer resquício de tinta sobre o tecido que se estendia no interior da moldura, entretanto, seu sumiço me presenteou com hematomas pelos braços e tornozelos.

Ele conseguiu extrair uma informação preciosa da figura transparente e abstrata que nunca me informou qual era, apenas disse que era nossa liberdade incondicional. Depois disso, misteriosos homens vestidos de preto invadiram nossa casa e nos tiraram de lá a força, abusando de magia para que nossos pais não pudessem fazer absolutamente nada. Do Japão até a Inglaterra se fazem horas de viagem, tempo suficiente para que eu compreendesse tudo.

Os rapazes que vestiam o negro foram contratados por Seiji para forjar nosso sequestro. Além de ter conseguido acesso ao dinheiro de papai – tanto o bruxo quanto o trouxa –, extorquiu uma maior quantia para que fossemos libertados – o que nunca aconteceria, na realidade, uma vez que o rapto foi falso.

Aprendi um pouco de inglês com meu irmão e ele também me contou tudo sobre ser uma bruxa. Sempre convivi com magia, no entanto, nunca me interessei em saber como tudo funciona. Minha maior preocupação sempre foi tentar não sobreviver ao próximo dia sabendo que seria pior que o anterior.



Personalidade

A exposição à agressividade moldou Yukio reclusa. Ausente de uma figura em qual se espelhar para seguir como exemplo a tornou uma criança adornada pela frieza. Sem possuir qualquer ligação com o mundo exterior à mansão em que recebia educação dos pais, cresceu com a mentalidade focada no antro da antipatia e se moldou antissocial. Suas palavras são poucas e, portanto, rudes, uma vez que o tratamento que era obrigada a exercer com os poucos desconhecidos que possuía contato se aderiu ao seu vocabulário de maneira irreversível.

Pouco de sua inviabilidade social foi aprisionada por seu irmão. O rapaz soube lidar com seu complexo interior e repassou sua conquista pessoal à irmã numa tentativa indolente de mantê-la civilizada. Yukio, ainda que violenta com as atitudes, apresenta afeto de maneiras excêntricas, apesar de bastante significativas aos mais próximos. Evita se expor ante os que a cercam, somente conservando o olhar atencioso e abjeto pelas feições mais próximas. A falta de confiança em si mesma impede que exerça suas capacidades e talentos individuais com êxito e a isolam ainda mais.



Chapéu Seletor

Conseguia ouvir o tilintar dos meus passos consternados ecoando por minha mente. O peso dos olhares sobre mim enquanto caminhava até o centro do Grande Salão após ser convocada pela vice-diretora me deixava tonta. No instante em que volvi a silhueta para tomar o assento sobre a banqueta no centro do degrau de elevação, os resmungos de estagnação se espalharam depressa, preenchendo todo o âmbito.

Meus olhos passeavam perdidos pelas lâmpadas suspensas no ar e os vitrais góticos. Não sabia em que rumo focar minha visão e a mantinha em movimento para evitar perceber que era, de fato, o centro das atenções por um momento. O chapéu repousou sobre minha cabeça com leveza e tampouco quanto sacudiu para, aparentemente, se ajustar ao formato do meu crânio, uma pergunta ressoou por meu ímpeto. Por alguns segundos, tentei adivinhar de onde a voz incógnita surgiu e somente após relembrar das instruções da vice-diretora consegui responder a indagação com firmeza.

“Entre os bruxos de sua idade, o que você acha que há de diferente em você? Acha que isto é algo bom ou ruim?”, o timbre repetiu após esperar uma pausa muito longa de minha parte. Hesitante, eu suspirei e mentalizei. “Eu sou deslocada porque sou diferente. Não me enquadro em absolutamente nada em que os outros da minha idade pensam ou na maneira como agem. Eles não possuem disciplina, são imaturos e muito chatos. Ainda que eu tenha passado por uma fase muito difícil, tudo serviu para que eu evoluísse de alguma maneira. Sinto espiritualmente que sou melhor que todos eles e vou continuar sendo, desde os onze até os centos e alguns mais outros anos.” Depois de corresponder à primeira questão do inquérito, refleti o quão rude minhas palavras soaram. Apesar de conseguir compreender os limites da sordidez, eu não me importava com ela. Não mais.

O chapéu não apresentou qualquer tipo de reação para a minha resposta. Ele pronunciou algo indistintamente e, depressa, atropelou os próprios pensamentos.

“Ao andar pelos corredores de Hogwarts após sair deste salão, o que você pretende encontrar por estas paredes de pedra?”, ele disse. E eu não sabia o que responder.

Fechei os olhos e tentei transpor meu corpo para fora do salão. Nunca andei pelas escadarias que se movimentam sozinhas, não sei o que há lá fora. Foi uma pergunta difícil e complexa. Exigia mais do que o que eu conhecia e, por isso, sua complicação iminente me impediu de responde-la de primórdio. Nunca antes eu havia utilizado a minha imaginação.

“Quero encontrar um mundo diferente do que conheço. Soube que existem muitos quadros pelas paredes e eles falam com quem passa por sua frente. Espero que eles sejam gentis comigo como ninguém jamais foi. Talvez eu faça amigos, não sei. Sou uma pessoa complicada, eu entendo. Gostaria que gostassem de mim da maneira que sou. Então, eu quero encontrar... um lar. Um lugar que me acolha apesar de tudo.”

“Hmmm...!", o chapéu murmurou dentro da minha mente, analisando a minha segunda resposta com maior inclinação.

“Se pudesse ter três coisas dentre fama, poder e dinheiro, qual dessas escolheria? Por que acha que esta escolha iria lhe trazer mais felicidade?”, eu ainda estava perdida na divagação quando fui interrompida por outra pergunta. Dentre todas, pareceu a mais sucinta até então. “Poder,” eu respondi, conclusiva. Embora soubesse o que queria, não conseguia dizer o motivo para a minha escolha.

Imagens por trás das minhas pálpebras trespassavam os meus olhos, numa ilusão onde eu portava cada um dos três itens. Imaginei-me famosa. Cercada por repórteres e minha existência sendo transmitida ao mundo todo. Não queria isso. O risco de ser detectada por algum integrante da minha família era muito elevado e eu, de fato, não conseguiria escapar uma segunda vez.

Depois, me imaginei com uma quantia exorbitante de ouro. O luxo nunca foi uma regalia que não pude experimentar; viver sem ela não foi uma experiência difícil, apesar de ainda sustentar alguns traços que remontam minha antiga realidade cercada pelo dinheiro.  Dentro de dois mundos distintos, sempre obtive a influência que o poder capital poderia oferecer. Com ou sem ele, eu seria a mesma pessoa. Para mim, a riqueza de nada importa.

A terceira situação pareceu difícil até de se imaginar. Talvez o poder fosse a mais abstrata de todas as características. Ele traz a influência, a soberania. Torna as personalidades alheias aptas aos seus comandos. Acredito que hajam incontáveis formas de se representar o poder e qualquer uma delas seria de grande valia para mim. “Porque eu poderia ser quem eu quiser ser. Não precisaria me preocupar com a perseguição do meu pai ou com o que os outros pensam de mim. Poderia privá-los e os deixar longe o suficiente para não me causar mal algum.”

"Caso surgisse um novo Lord das Trevas e seus amigos se juntassem para combatê-lo, mas sua família se aliasse a ele, de qual lado você ficaria?", o chapéu martelou a pergunta com agilidade. Ainda estava presa à questão anterior e, de início, apenas conseguia lembrar que não possuía nenhum dos dois.

Por um instante prolongado de reflexão, a palavra família trouxe o rosto do meu irmão até a minha mente. Ele era a única família que eu poderia afirmar ter e, se se aliasse a alguém, o restante dos meus entes estaria ao seu lado. “Não acredito que a treva seja definitivamente ruim. Eu me juntaria aos meus possíveis futuros amigos para combatê-lo porque a minha ascensão estaria ao seu lado. Caso não houvesse o meu sangue em pauta, não hesitaria em lutar pelo lado que me favorecesse mais. Eu sou egoísta, eu sei. Não me importo.”

Um instante de silêncio perdurou enquanto o acessório acima de mim tentava analisar a minha resposta. Talvez ele tenha se sentido amargurado por uma menina de onze anos pensar dessa maneira.

”Se descreva usando apenas palavras que tenham mais de sete letras. Por que as escolheu?”, o chapéu demarcou a pergunta com um timbre vocálico imparcial. Por ser um acessório animado, não posso dizer se ele tem sentimentos ou não para se comover comigo. Espero que não. “Disciplinada”, eu pensei. Senti o ruborizar das minhas bochechas num ardor enraivecido após rever o reflexo do meu pai oculto nas sílabas daquela palavra. Eu não possuo disciplina. “Descentrada. Arrogante. Egoísta”, ponderei.

“Não me preocupo com nada além de eu mesma. Sou uma péssima pessoa e talvez esse seja o motivo para não possuir amigos. Em alguns momentos, eles fazem falta, admito.”

Supondo que após a este dia você tivesse a oportunidade de ganhar fama, poder e dinheiro, mas com isso não poderia mais usar magia na vida, aceitaria esta proposta?”, estava disposta e fadada a mim a última pergunta. Não precisei de muito tempo para respondê-la.

”Não. A magia me trouxe até aqui. Tenho uma segunda chance de ser quem eu realmente desejo ser, ainda que eu não consiga mais voltar atrás. Tudo vai dar certo. Kiritsu.



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Mensagem por Sectumsempra Dom Out 25, 2015 3:52 am

Wellcome To Ravenclaw!
"Or yet in wise old Ravenclaw, If you've a ready mind, Where those of wit and learning, Will always find their kind."
Sectumsempra
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